Fonte: Der Ächte Illuminat Oder Die Wahren, Unverbesserten Rituale Der Illuminaten, Johann Heinrich Faber, Edessa, 1788 (acesso em 7 de julho de 2020)
Introduction à mon Apologie, Adam Weishaupt - Le véritable Illuminé ou les vrais rituels primitifs des Illuminés par Johann Heinrich Faber, 2012 (trad. Lionel Duvoy) (acesso em 7 de julho de 2020)
Peggy Pawlowski - Der Beitrag Johann Adam Weishaupts zur Pädagogik des Illuminatismus (acesso em 7 de julho de 2020)
ILLUMINATI
1ª Classe
I. NOVICIADO
Carta
de Compromisso de um Proposto
“Eu,
abaixo-assinado, comprometo-me, sob minha honra e reputação, abandonando todas
as reservas ocultas, não revelar nada dos assuntos que me foram confiados pelo
Sr. N., relativos à minha admissão em uma certa sociedade secreta, a qualquer pessoa,
sequer aos meus amigos mais íntimos, nem a meus parentes. Comprometo-me a
jamais revelar a mínima coisa de que se trate, de qualquer maneira que seja, nem
por palavras, sinais ou aparências, nem de outra forma, e o mesmo quanto à
minha admissão. A mais forte razão de que me assegurei, quando de minha
entrada, é que nada é feito contra o Estado, a religião ou os bons costumes. Eu
juro também restituir sem demora os escritos que me forem confiados e cartas
que me forem endereçadas, depois de extrair cópias para meu uso privado. Tanto
assim que sou um homem honrado e quero para sempre continuar a sê-lo.
Feito em ... etc.”
Instrução
para uso dos Insinuantes ou Recipiendários
Extrato
dos Estatutos
Quando
alguém firma sua Carta de Compromisso, assume as seguintes responsabilidades:
1) Manter
um diário particular, consignando nele com precisão tudo o que recebe ou informa
à Ordem, e todas as suas demandas.
2) Reproduzir
fielmente a primeira e a segunda Tabelas que lhe foram submetidas antes de sua
admissão, para as remeter à Ordem.
3) Descrever
de tempos em tempos as capacidades e caracteres das pessoas que almeja
apresentar ou excluir da Ordem.
4) Observar
para que as pessoas apresentadas tenham bom coração, desejem aprender e amem o
trabalho. Se não forem ainda instruídas nas Ciências, a Ordem poderá ajudá-las
com os seus ensinamentos. Poderá igualmente apresentar artistas, tanto quanto
operários considerados.
5) Organizar
papéis particulares destinadas às seguintes matérias — mesmo após a conclusão
de uma nova conversa:
a. Coleção
dos caracteres, ações, mentalidades dos homens eruditos e importantes dos
tempos antigos e modernos.
b. Seus
nobres pensamentos, seus sentimentos, suas máximas e seus livros cuja leitura seja
ordenada e aconselhada pela Ordem. Para provar a sua aplicação, eles devem ser
enviados sob demanda.
c. No
final de cada mês, todos remetem ao seu destinatário um caderno lacrado sob o
título Quibus Licet. Deve indicar:
aa. Como
seu recipiendário se comporta a seu respeito; com ou sem aplicação, com
temperança ou brusquidão.
bb. Se
ele tem formulado reclamações a respeito da Ordem, e de que natureza elas são.
cc. Se
ele tem reclamado por salário ao longo do mês, e quanto.
d. Se
qualquer um formular um pleito particular ou uma preocupação interior, não terá
mais do que a inscrever sob o título Soli
em seu Quibus Licet e, se a não
quiser vista pelo Mestre Provincial, que por cima escreva: Primo.
6) Ter
um nome de Ordem. E, para usá-lo com lucro e ciência, deve recolher e entregar
ao seu tempo os dados concernentes à história da personagem cujo nome se leva.
7) Os
assuntos da Ordem serão conservados em um arquivo apropriado, e um caderno portando
o título Ao Receptor ou Ao Superior será anexado a ele. Caso nós
tombemos gravemente enfermos, este último deve ser selado.
8) Deve-se
conservar cópias dos resumos do que é expedido para a Ordem, incluindo todos os
modelos de Tabelas, Instruções, etc. As cartas e injunções originais devem ser
devolvidas.
NOTA
Para instrução dos
jovens que não saibam bem escrever, ser-lhes-á mais fácil, à guisa de mensagem,
utilizar de folhas soltas; nelas se escreverá, por exemplo, no cabeçalho do
artigo: “Amor”, e, a seguir, tudo o que reunirmos sob esse tópico. Os trabalhos
serão redigidos em alfabeto.
INSTRVCTIO
Pro
Insinuantibus s.[ive] Recipientibus
Extrato dos Estatutos
1) Todo
membro tem o dever de propor ou insinuar novos membros.
2) Se
um aderente solicita submeter a candidatura de um sujeito apto, ele deve,
segundo as diretivas, apresentar um retrato fiel e circunstanciado sob forma de
Tabela ou Puntactim, e transmiti-lo à
Ordem através do seu destinatário ou do Quibus
Licet.
3) Quando
o Insinuante recebe o facultatem
recipiendi (aptidão do recipiendário), ele deve se pôr à obra
prudentemente, afim de estabelecer uma abordagem justa e precisa de todo o
processo, esperando as próximas ordens secretas.
4) Ele deve remeter o recipiendum a partir de sua própria experiência e segundo
instruções de seus Superiores, através de conversas que facilitem a transição
de uma abordagem de interesse ou para a transmissão de opiniões apropriadas e
que edifiquem o espírito, de feição a que o desejo de ingressar em uma tal
sociedade não irrompa de uma vez, mas sim progressivamente. Para esse fim, as
obras antigas e modernas são úteis. Sêneca, Platão, Cícero, Isócrates, Marco
Aurélio, Epicteto, etc. Todo membro pode mesmo propor livros modernos,
adaptados às tendências e necessidades do candidato, como as obras de Abbt, Vom
Verdienst [Du Mérite] ou os escritos filosóficos de Meiners, certas obras de
Wieland, etc. — em geral, nesta classe, todos os livros ricos em imagens e
máximas morais. Em semelhantes discursos e ações, é necessário que o Insinuado se
desvele, e se o candidato faz mostrar que tem zelo e deseja ser introduzido, deve
expressar o pedido. Todavia se lhe não apresentará o compromisso senão depois
de reiteradas solicitações.
5) Após
a admissão, ele deverá ainda se exprimir por escrito sobre as Artes ou Ciências
nas quais for sobretudo mais versado. Far-se-á realizar e transmitir as
Tabelas. De tudo será entregue em mão própria ao Superior; da mesma forma será
entregue ao responsável, em lugar certo, a pequena quantia proporcional à sua
situação, destinada a cobrir seus gastos. É também o que o reembolsará se
desejar retirar-se antes da iniciação. Todos os meses, em alguns lugares, se
tratará de uma pequena taxa, mas sem receber quitação.
6) Então,
ao dar-se ao impetrante um nome de Ordem, e um pensum que ele deve completar conforme as suas aptidões. Esse pensum geral será assim entregue antes
do fim do período probatório.
7) Afim
de que a Ordem possa apreciar a assiduidade do impetrante, a extensão dos seus
conhecimentos, bem como sua apresentação, ele se comprometerá a transmitir, a
cada mês, pelo menos meia folha de escritos morais ou um sucinto pensum de nexu social, que será composto
de acordo com as situações.
8) Durante
o período probatório, o Recipiens
detalha ponto por ponto com seus subordinados os Estatutos gerais da Ordem, e
os explica a eles.
9) Igualmente,
dá-lhe uma figuração da Ordem fácil de compreender, indicando-lhe a maneira de
atualizar o seu Diário e seu Quibus Licet,
e se necessário, dá-lhe uma cópia das presentes instruções; ele deve ler com
ele bons livros, mostra-lhe excertos e se esforça em geral para esclarecê-lo e prepará-lo.
10) O
Recipiens deve ter em vista o justo
cumprimento dos Estatutos, declarar tudo ao seu Superior imediato, e não
atribuir culpas com facilidade.
Estatutos
Gerais da Ordem
Para
o apoio e segurança dos membros desta associação, sejam eles potenciais ou
ativos, e para prevenir toda suposição infundada ou dúvida ansiosa, a Ordem
declara acima de tudo que não tem em absoluto o desejo de encorajar opiniões ou
atos contra o Estado, a religião, os bons costumes ou aos seus próprios membros.
Todas as suas intenções e seus esforços visam unicamente a despertar o
interesse do Homem para a realização e o aperfeiçoamento de seu caráter moral,
a inspirar o espírito de humanidade e de sociedade, a entravar a realização de
desígnios malignos, a defender a Virtude opressa e indigente contra a
injustiça, a planejar o avanço das pessoas de merecimento e a universalizar o
conhecimento humano ainda majoritariamente escondido. Eis a finalidade
declarada da Ordem; todo o resto não importa de nada. Se os membros tiverem um
dia que se deparar com algo inesperado, eles podem ter certeza que, contra a
usança de outras associações, nós prometemos menos, porém fazemos mais. Todavia,
o membro que aspire a entrada na Ordem esperando conseguir poder ou uma grande
fortuna, jamais será bem recebido.
1) Posto
que, para a conservação de um tal objetivo, o socorro mútuo, a boa compreensão
e a indefectível obediências são necessárias, os membros não devem jamais
perder de vista o fim último da Ordem, e pensar que tudo o que eles aparentam
realizar para a Ordem serve em realidade para o avanço de seu próprio
benefício, que todos os membros unam suam forças para trabalhar em prol da
felicidade recíproca.
2) Devem
eles então se considerar uns aos outros como os amigos mais lealdosos,
abandonando a todo o ódio e toda a inveja, preservando seus corações de todo
interesse pessoal prejudicial e comportar-se de feição a ganhar não somente os
corações de seus irmãos, mas igualmente de seus inimigos.
3) Com
freqüência, eles devem se habituar a ter uma atitude amigável, e em geral, forçar-se
a uma perfeição maior, tanto interior quanto exterior.
4) Exige-se
de todos os membros que amem a Humanidade, que sejam virtuosos e honestos, praticando
as Artes e Ciências de que são dotados por sua natureza.
5) Cada
membro deve, portanto, propagar a indústria, a habilidade e a Virtude; aqueles
que são capazes devem divulgar igualmente as Artes, as Ciências e o bom gosto,
procurando erradicar o seu oposto.
6) Além
disso, a Ordem recomenda com energia e moderação, o amor à família e o
contentamento face à face de sua própria condição (os quais valem ouro), o
respeito aos idosos, aos Superiores e aos dignitários do Estado; a amizade e o
amor dirigido aos irmãos, a cortesia e a compaixão a todos os homens. Quem
exige respeito dos outros deve ter pelos demais a mesma deferência e atenção.
7) Desempenhar
suas funções na sociedade civil com fidelidade, aplicação e constância; dirigir
suas famílias como bons pais, esposos e senhores; e obedecer enquanto filhos,
servidores e subordinados; quem negligencia os deveres de seu estado e de sua
função, também falhará aos seus deveres para com a Ordem.
8) Embora
todas as diferenças de condição que se revelam na sociedade civil desapareçam
dentro da Ordem, é necessário, no entanto, conter-se nos limites exigidos pela
etiqueta, particularmente quando profanos estiverem presentes, e para
demonstrar a prudência apropriada.
9) Os
membros mais antigos são os que adquiriram maior número de conhecimentos, e
tiram disso vantagem, podendo ascender aos graus mais altos; eles são
Superiores. Assim, nós os cumprimentamos com uma deferência que manifesta uma
verdadeira atenção e alta estima, sem sermos subservientes.
10) Além
da cortesia de um irmão que nos encontra ser excelente, devemos estar atentos a
render-lhe o mesmo tratamento. Não autorizamos a excessiva familiaridade,
devemos amar-nos constantemente, e a experiência ensina que nada rompe mais
facilmente a amizade mais forte e a mais íntima do que uma grande igualdade de
nível.
11) Os
Superiores são nossos guias, eles nos dirigem para fora das trevas e do erro,
livrando-nos de seguir caminhos impraticáveis. A flexibilidade e a doçura devem
ser a regra, e mesmo o reconhecimento. Ninguém se furta a servir aos que obram
pelo melhor.
12) A
Ordem exige de seus membros um sacrifício de sua liberdade, certamente que não
absoluto, mas em todo caso, tal representa um meio para um grande fim. As
ordens dos Superiores se presumem sempre ordenadas a esse ponto. Porque os
Superiores enxergam mais longe, e mais em profundidade o sistema — é por esta
razão que são nomeados Superiores.
13) Eles
conhecem os homens, sabem o que eles são diante deles, e, por conseguinte, não
abusarão de seu prestígio e não esquecerão jamais que devem ser bons pais. No
entanto, a Ordem tomou precauções para se proteger dos opressores, dos
orgulhosos, dos imperiosos e outras pessoas do mesmo gênero. Ao final de cada
mês, com efeito, todos os subordinados entregarão ao seu Superior ou ao
destinatário uma ou mais folhas seladas portando o título apropriado à ocasião:
Quibus Licet, ou Soli ou Primo. Nesta
folha, se declara:
a) Como
seu Superior o reconhece e como procedeu com ele.
b) Que
pleitos deseja formular contra a Ordem.
c) Que
ordens o Superior lhe designou durante o mês.
d) Qual
o salário que recebeu naquele mês.
14) Todos
os meses, devem remeter esse caderno, onde tem algo a expor ou uma queixa a
formular, ou que não tem nada a dizer. Para o fazer de maneira menos penosa,
cada membro se prepara, desde o início do mês, escrevendo uma outra folha, e
consignando tudo o que lhe acontece com sua pessoa, até o final do mês.
15) Esta
regra que exige o envio de uma prancha é seguida em todos os graus, e ninguém é
dela eximido. Se interrompida, o subordinado fica sujeito a u’a multa
proporcional aos seus recursos, assim como o Superior que omite o envio ou não
a reclama no prazo. O Superior deve transmitir no último dia do mês.
16) Para
que todos os membros sejam animados como de uma só alma, que eles tenham,
sempre que possível, uma só vontade dos livros que lhes são
fornecidos, que devem ler e a partir dos quais eles podem se formar. Para estes
trabalhos mensais, da extensão de ao menos meia página, e usando as instruções
dispensadas quando das reuniões, os Superiores e os Irmãos terão a ocasião de
apreciar tanto sua apresentação, quanto o zelo e aumento do seu conhecimento.
17) Todos
são informados pelo seu Superior quanto aos livros que devem ler. Em regra, não
se exclua nenhum que contribua a formar o coração. Para os novatos, nós
recomendamos fabulistas e outros textos ricos em imagens e máximas morais; nós
particularmente preferimos que os membros se alimentem do espírito dos Antigos
e que ao final, eles pensem e observem mais do não leram.
18) O
destinatário de qualquer candidato é igualmente seu Superior. Toda pessoa que
viu revelar-se a existência da Ordem, e que, ao mesmo tempo, fez seu pedido de
adesão à aliança, deve aguardar as próximas instruções de quem os trouxe, isto
é, de seu destinatário.
19) Todo
mundo tem permissão para propor e insinuar novos membros. Além disso, todos os
membros devem, sobre qualquer pessoa que desejam ver admitidos ou excluídos da
Ordem, manter arquivos particulares onde registrem os atos e palavras
reveladores de suas almas; em particular os mais ínfimos, aqueles em que a
pessoa não acredite que esteja sendo observada. Uma vez que todos os
julgamentos que exprimimos, assim como todas as ações que revelamos, não
deixarão jamais de ser material para essas notas.
20) As
anotações determinam todo o acompanhamento. Devem, portanto, ser corretamente
estabelecidos; que eles sejam mais narrados que refletidos. Dessas notas
deve-se imediatamente destacar para o Superior o caráter do candidato, seja
para a admissão ou a exclusão.
21) Como
o Homem possui duas metades, uma boa e a outra má, a Ordem exige que os membros
não se habituem a considerar e descrever apenas um lado. A Humanidade necessita
que conheçamos igualmente bem o mérito no seu inimigo, que se louva da sua
probidade. Não se estabelece o valor dos homens a partir de uma só ação ou de
um único relacionamento que tiveram conosco.
22) Para
conferir se os candidatos estão cumprindo com as regras promulgadas até agora,
se expandiram os seus conhecimentos, se eles refutam e negam seus preconceitos,
se eles aperfeiçoam seu caráter moral — numa palavra, se eles querem se tornar
dignos de ser membros — a Ordem coloca a provas sua fidelidade, seu silêncio,
sua aplicação, seu apego e sua obediência.
23) Assim,
a Ordem mantém por uma certa duração o período durante o qual os candidatos
devem ser submetidos a um teste. Os jovens têm um período probatório de três
anos, outros de dois anos, e ainda outros, de um ano. Depende da assiduidade e
da maturidade, do zelo e da aplicação do candidato reduzir este prazo.
24) Enquanto
o candidato estiver lendo os livros prescritos, ele trabalha para observar o
seu próximo, mantendo anotações de acordo com um certo método apropriado e
procura digerir o que leu reproduzindo com as suas próprias palavras.
25) O
número de notas, de observações, muitos caracteres esboçados, conversas
registradas com as pessoas com quem se encontrou falando com paixão, tanto
quanto a execução dos Estatutos da Ordem e a obediência ao Superior, são a via
mais segura para atingir o progresso.
26) Entre
as observações, os traços fisionômicos, as regras descobertas, o julgamento dos
caracteres humanos prestam um grande serviço. Recomendamos, porém,
essencialmente considerar os objetos não de maneira estranha, mas pessoal.
27) Além
da filosofia prática, a Ordem se ocupa da Natureza inteira e da História
Natural, com os assuntos políticos e econômicos, as artes liberais, as ciências
nobres e as línguas.
28) Quando
de sua admissão, o candidato esclarece em qual arte ou ciência é mais versado;
ele deve se familiarizar com as obras que seguem essa direção, em reproduzir
passagens significativas, mostrando estas últimas ao seu destinatário como
prova de sua aplicação e enviá-las de acordo com os estatutos.
29) Entre
as primeiras manifestações de suas capacidades, estão as tarefas com as quais
todos devem lidar, definir e apresentar ao término de seu período probatório.
30) Após
a sua admissão, o candidato troca também o seu nome por um outro, ou seja, um
nome de Ordem; ele deve ler, guardar e anotar tudo o que lhe concerne.
31) Posto
que ele deve se habituar a uma prudência e a uma discrição particulares, ele
não freqüentará nenhum membro durante todo o seu período probatório:
a) Afim
de que não possa ficar desestimulado, e também por estar sob observação.
b) De
sorte que ele correrá o risco de querer falar contra os membros da Ordem; ele
se tornaria assim culpado de uma transgressão aos Estatutos que não poderia
contestar.
32) É
também por esta razão, e porque jamais sabemos se com quem estamos conversando
é de um grau mais elevado ou inferior ao seu na Ordem, que não é permitido
falar aos membros conhecidos no momento de sua recepção, sobre graus, isenções,
nem aos irmãos presumidos da Ordem do menor caso que lhe seja relativo.
33) Os
ausentes escrevem ao seu Superior a cada quatorze dias, porte pago. Os assíduos
devem visitar o seu Superior ao menos uma vez por semana. Se o Superior tem
tempo, ele divide sua semana entre os seus nomeados; ele lê, anota e conduz as
palestras instrucionais que tem com eles.
34) Daquilo
que o candidato recebe de seu Superior, ele tira todas as passagens necessárias
e que tenha compreendido, e então ele dispensa ou a cada vez retorna todos os
originais. Tudo o que está oculto tem mais charme e apelo. Além do que, os
Superiores têm ainda mais oportunidades de realizar observações. A Ordem se
preserva mais certamente da infiltração de poderes inoportunos e da presunção
alimentada pela curiosidade dos espiões. Os projetos humanos e honestos podem
ser menos entravados, e os arroubos dos tiranos e dos mercenários mais
facilmente abafados.
35) A
fim de prover às diferentes missões e para segurar aos Irmãos pobres, a Ordem
reclama habitualmente de todos, quando das reuniões, uma pequena contribuição
proporcional aos seus recursos — nada mais.
36) Nada
de ninguém não será cobrado e, da mesma forma, o candidato será reembolsado se,
caso o peça, deseje se retirar antes da iniciação. De resto, não se faz o mesmo
em todos os lugares, o que vale em função das necessidades e circunstâncias. O
candidato se aperceberá muito depressa que, conosco, não se pode suspeitar de
fraude.
37) Realmente,
ele não somente tem as suas mãos livres, como também elas recebem a assistência
da Ordem. Para os demais, as contribuições serão anotadas e reportadas para as
circunstâncias mais favoráveis.
38) À
medida, no entanto, em que essas contribuições são extremamente módicas, pois à
diferença de outras associações onde apenas para entrar se cobram cem florins, ou
ainda mais, poderíamos conceber que um trabalho tão imenso custaria grandes
somas de dinheiro, apenas para o porte e viagens; o quanto esperamos que esses
detalhes sejam realizados e pagos não são tão surpreendentes do ponto de vista
dos Superiores e subordinados.
Cifra
simples para o uso dos Neófitos
m — 1 c — 10 s
— 18
l — 2 b — 11 t
— 19
k — 3 a — 12 u
— 20
i — 4 n — 13 v
— 21 p. ex. 11.8.17.2.4.13
h — 5 o — 14 x
— 22 B E R L I N
g — 6 p — 15 y
— 23
f — 7 q — 16 z
— 24
e — 8 r — 17
d —9
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