terça-feira, 7 de julho de 2020

REVISTA BANKSIA - JULHO DE 2020 - NÚMERO 45

O Ritual dos Illuminati — Preparatório
Adam Weishaupt. de Travis Simpkins. Os Illuminati da Baviera. Maçonaria
Fonte: Der Ächte Illuminat Oder Die Wahren, Unverbesserten Rituale Der Illuminaten, Johann Heinrich Faber, Edessa, 1788 (acesso em 7 de julho de 2020)
Introduction à mon Apologie, Adam Weishaupt - Le véritable Illuminé ou les vrais rituels primitifs des Illuminés par Johann Heinrich Faber, 2012 (trad. Lionel Duvoy) (acesso em 7 de julho de 2020)
Peggy Pawlowski - Der Beitrag Johann Adam Weishaupts zur Pädagogik des Illuminatismus (acesso em 7 de julho de 2020)



ILLUMINATI

1ª Classe

I. NOVICIADO

Carta de Compromisso de um Proposto

            “Eu, abaixo-assinado, comprometo-me, sob minha honra e reputação, abandonando todas as reservas ocultas, não revelar nada dos assuntos que me foram confiados pelo Sr. N., relativos à minha admissão em uma certa sociedade secreta, a qualquer pessoa, sequer aos meus amigos mais íntimos, nem a meus parentes. Comprometo-me a jamais revelar a mínima coisa de que se trate, de qualquer maneira que seja, nem por palavras, sinais ou aparências, nem de outra forma, e o mesmo quanto à minha admissão. A mais forte razão de que me assegurei, quando de minha entrada, é que nada é feito contra o Estado, a religião ou os bons costumes. Eu juro também restituir sem demora os escritos que me forem confiados e cartas que me forem endereçadas, depois de extrair cópias para meu uso privado. Tanto assim que sou um homem honrado e quero para sempre continuar a sê-lo.

Feito em ... etc.”

Instrução para uso dos Insinuantes ou Recipiendários
Extrato dos Estatutos

            Quando alguém firma sua Carta de Compromisso, assume as seguintes responsabilidades:
1)     Manter um diário particular, consignando nele com precisão tudo o que recebe ou informa à Ordem, e todas as suas demandas.
2)     Reproduzir fielmente a primeira e a segunda Tabelas que lhe foram submetidas antes de sua admissão, para as remeter à Ordem.
3)     Descrever de tempos em tempos as capacidades e caracteres das pessoas que almeja apresentar ou excluir da Ordem.
4)     Observar para que as pessoas apresentadas tenham bom coração, desejem aprender e amem o trabalho. Se não forem ainda instruídas nas Ciências, a Ordem poderá ajudá-las com os seus ensinamentos. Poderá igualmente apresentar artistas, tanto quanto operários considerados.
5)     Organizar papéis particulares destinadas às seguintes matérias — mesmo após a conclusão de uma nova conversa:
a.      Coleção dos caracteres, ações, mentalidades dos homens eruditos e importantes dos tempos antigos e modernos.
b.     Seus nobres pensamentos, seus sentimentos, suas máximas e seus livros cuja leitura seja ordenada e aconselhada pela Ordem. Para provar a sua aplicação, eles devem ser enviados sob demanda.
c.      No final de cada mês, todos remetem ao seu destinatário um caderno lacrado sob o título Quibus Licet. Deve indicar:
aa.   Como seu recipiendário se comporta a seu respeito; com ou sem aplicação, com temperança ou brusquidão.
bb.  Se ele tem formulado reclamações a respeito da Ordem, e de que natureza elas são.
cc.   Se ele tem reclamado por salário ao longo do mês, e quanto.
d.     Se qualquer um formular um pleito particular ou uma preocupação interior, não terá mais do que a inscrever sob o título Soli em seu Quibus Licet e, se a não quiser vista pelo Mestre Provincial, que por cima escreva: Primo.
6)     Ter um nome de Ordem. E, para usá-lo com lucro e ciência, deve recolher e entregar ao seu tempo os dados concernentes à história da personagem cujo nome se leva.
7)     Os assuntos da Ordem serão conservados em um arquivo apropriado, e um caderno portando o título Ao Receptor ou Ao Superior será anexado a ele. Caso nós tombemos gravemente enfermos, este último deve ser selado.
8)     Deve-se conservar cópias dos resumos do que é expedido para a Ordem, incluindo todos os modelos de Tabelas, Instruções, etc. As cartas e injunções originais devem ser devolvidas.
NOTA
Para instrução dos jovens que não saibam bem escrever, ser-lhes-á mais fácil, à guisa de mensagem, utilizar de folhas soltas; nelas se escreverá, por exemplo, no cabeçalho do artigo: “Amor”, e, a seguir, tudo o que reunirmos sob esse tópico. Os trabalhos serão redigidos em alfabeto.

INSTRVCTIO
Pro Insinuantibus s.[ive] Recipientibus
Extrato dos Estatutos

1)     Todo membro tem o dever de propor ou insinuar novos membros.
2)     Se um aderente solicita submeter a candidatura de um sujeito apto, ele deve, segundo as diretivas, apresentar um retrato fiel e circunstanciado sob forma de Tabela ou Puntactim, e transmiti-lo à Ordem através do seu destinatário ou do Quibus Licet.
3)     Quando o Insinuante recebe o facultatem recipiendi (aptidão do recipiendário), ele deve se pôr à obra prudentemente, afim de estabelecer uma abordagem justa e precisa de todo o processo, esperando as próximas ordens secretas.
4)      Ele deve remeter o recipiendum a partir de sua própria experiência e segundo instruções de seus Superiores, através de conversas que facilitem a transição de uma abordagem de interesse ou para a transmissão de opiniões apropriadas e que edifiquem o espírito, de feição a que o desejo de ingressar em uma tal sociedade não irrompa de uma vez, mas sim progressivamente. Para esse fim, as obras antigas e modernas são úteis. Sêneca, Platão, Cícero, Isócrates, Marco Aurélio, Epicteto, etc. Todo membro pode mesmo propor livros modernos, adaptados às tendências e necessidades do candidato, como as obras de Abbt, Vom Verdienst [Du Mérite] ou os escritos filosóficos de Meiners, certas obras de Wieland, etc. — em geral, nesta classe, todos os livros ricos em imagens e máximas morais. Em semelhantes discursos e ações, é necessário que o Insinuado se desvele, e se o candidato faz mostrar que tem zelo e deseja ser introduzido, deve expressar o pedido. Todavia se lhe não apresentará o compromisso senão depois de reiteradas solicitações.
5)     Após a admissão, ele deverá ainda se exprimir por escrito sobre as Artes ou Ciências nas quais for sobretudo mais versado. Far-se-á realizar e transmitir as Tabelas. De tudo será entregue em mão própria ao Superior; da mesma forma será entregue ao responsável, em lugar certo, a pequena quantia proporcional à sua situação, destinada a cobrir seus gastos. É também o que o reembolsará se desejar retirar-se antes da iniciação. Todos os meses, em alguns lugares, se tratará de uma pequena taxa, mas sem receber quitação.
6)     Então, ao dar-se ao impetrante um nome de Ordem, e um pensum que ele deve completar conforme as suas aptidões. Esse pensum geral será assim entregue antes do fim do período probatório.
7)     Afim de que a Ordem possa apreciar a assiduidade do impetrante, a extensão dos seus conhecimentos, bem como sua apresentação, ele se comprometerá a transmitir, a cada mês, pelo menos meia folha de escritos morais ou um sucinto pensum de nexu social, que será composto de acordo com as situações.
8)     Durante o período probatório, o Recipiens detalha ponto por ponto com seus subordinados os Estatutos gerais da Ordem, e os explica a eles.
9)     Igualmente, dá-lhe uma figuração da Ordem fácil de compreender, indicando-lhe a maneira de atualizar o seu Diário e seu Quibus Licet, e se necessário, dá-lhe uma cópia das presentes instruções; ele deve ler com ele bons livros, mostra-lhe excertos e se esforça em geral para esclarecê-lo e prepará-lo.
10) O Recipiens deve ter em vista o justo cumprimento dos Estatutos, declarar tudo ao seu Superior imediato, e não atribuir culpas com facilidade.

Estatutos Gerais da Ordem

            Para o apoio e segurança dos membros desta associação, sejam eles potenciais ou ativos, e para prevenir toda suposição infundada ou dúvida ansiosa, a Ordem declara acima de tudo que não tem em absoluto o desejo de encorajar opiniões ou atos contra o Estado, a religião, os bons costumes ou aos seus próprios membros. Todas as suas intenções e seus esforços visam unicamente a despertar o interesse do Homem para a realização e o aperfeiçoamento de seu caráter moral, a inspirar o espírito de humanidade e de sociedade, a entravar a realização de desígnios malignos, a defender a Virtude opressa e indigente contra a injustiça, a planejar o avanço das pessoas de merecimento e a universalizar o conhecimento humano ainda majoritariamente escondido. Eis a finalidade declarada da Ordem; todo o resto não importa de nada. Se os membros tiverem um dia que se deparar com algo inesperado, eles podem ter certeza que, contra a usança de outras associações, nós prometemos menos, porém fazemos mais. Todavia, o membro que aspire a entrada na Ordem esperando conseguir poder ou uma grande fortuna, jamais será bem recebido.
1)     Posto que, para a conservação de um tal objetivo, o socorro mútuo, a boa compreensão e a indefectível obediências são necessárias, os membros não devem jamais perder de vista o fim último da Ordem, e pensar que tudo o que eles aparentam realizar para a Ordem serve em realidade para o avanço de seu próprio benefício, que todos os membros unam suam forças para trabalhar em prol da felicidade recíproca.
2)     Devem eles então se considerar uns aos outros como os amigos mais lealdosos, abandonando a todo o ódio e toda a inveja, preservando seus corações de todo interesse pessoal prejudicial e comportar-se de feição a ganhar não somente os corações de seus irmãos, mas igualmente de seus inimigos.
3)     Com freqüência, eles devem se habituar a ter uma atitude amigável, e em geral, forçar-se a uma perfeição maior, tanto interior quanto exterior.
4)     Exige-se de todos os membros que amem a Humanidade, que sejam virtuosos e honestos, praticando as Artes e Ciências de que são dotados por sua natureza.
5)     Cada membro deve, portanto, propagar a indústria, a habilidade e a Virtude; aqueles que são capazes devem divulgar igualmente as Artes, as Ciências e o bom gosto, procurando erradicar o seu oposto.
6)     Além disso, a Ordem recomenda com energia e moderação, o amor à família e o contentamento face à face de sua própria condição (os quais valem ouro), o respeito aos idosos, aos Superiores e aos dignitários do Estado; a amizade e o amor dirigido aos irmãos, a cortesia e a compaixão a todos os homens. Quem exige respeito dos outros deve ter pelos demais a mesma deferência e atenção.
7)     Desempenhar suas funções na sociedade civil com fidelidade, aplicação e constância; dirigir suas famílias como bons pais, esposos e senhores; e obedecer enquanto filhos, servidores e subordinados; quem negligencia os deveres de seu estado e de sua função, também falhará aos seus deveres para com a Ordem.
8)     Embora todas as diferenças de condição que se revelam na sociedade civil desapareçam dentro da Ordem, é necessário, no entanto, conter-se nos limites exigidos pela etiqueta, particularmente quando profanos estiverem presentes, e para demonstrar a prudência apropriada.
9)     Os membros mais antigos são os que adquiriram maior número de conhecimentos, e tiram disso vantagem, podendo ascender aos graus mais altos; eles são Superiores. Assim, nós os cumprimentamos com uma deferência que manifesta uma verdadeira atenção e alta estima, sem sermos subservientes.
10) Além da cortesia de um irmão que nos encontra ser excelente, devemos estar atentos a render-lhe o mesmo tratamento. Não autorizamos a excessiva familiaridade, devemos amar-nos constantemente, e a experiência ensina que nada rompe mais facilmente a amizade mais forte e a mais íntima do que uma grande igualdade de nível.
11) Os Superiores são nossos guias, eles nos dirigem para fora das trevas e do erro, livrando-nos de seguir caminhos impraticáveis. A flexibilidade e a doçura devem ser a regra, e mesmo o reconhecimento. Ninguém se furta a servir aos que obram pelo melhor.
12) A Ordem exige de seus membros um sacrifício de sua liberdade, certamente que não absoluto, mas em todo caso, tal representa um meio para um grande fim. As ordens dos Superiores se presumem sempre ordenadas a esse ponto. Porque os Superiores enxergam mais longe, e mais em profundidade o sistema — é por esta razão que são nomeados Superiores.
13) Eles conhecem os homens, sabem o que eles são diante deles, e, por conseguinte, não abusarão de seu prestígio e não esquecerão jamais que devem ser bons pais. No entanto, a Ordem tomou precauções para se proteger dos opressores, dos orgulhosos, dos imperiosos e outras pessoas do mesmo gênero. Ao final de cada mês, com efeito, todos os subordinados entregarão ao seu Superior ou ao destinatário uma ou mais folhas seladas portando o título apropriado à ocasião: Quibus Licet, ou Soli ou Primo. Nesta folha, se declara:
a)     Como seu Superior o reconhece e como procedeu com ele.
b)     Que pleitos deseja formular contra a Ordem.
c)     Que ordens o Superior lhe designou durante o mês.
d)     Qual o salário que recebeu naquele mês.
14) Todos os meses, devem remeter esse caderno, onde tem algo a expor ou uma queixa a formular, ou que não tem nada a dizer. Para o fazer de maneira menos penosa, cada membro se prepara, desde o início do mês, escrevendo uma outra folha, e consignando tudo o que lhe acontece com sua pessoa, até o final do mês.
15) Esta regra que exige o envio de uma prancha é seguida em todos os graus, e ninguém é dela eximido. Se interrompida, o subordinado fica sujeito a u’a multa proporcional aos seus recursos, assim como o Superior que omite o envio ou não a reclama no prazo. O Superior deve transmitir no último dia do mês.
16) Para que todos os membros sejam animados como de uma só alma, que eles tenham, sempre que possível, uma só vontade dos livros que lhes são fornecidos, que devem ler e a partir dos quais eles podem se formar. Para estes trabalhos mensais, da extensão de ao menos meia página, e usando as instruções dispensadas quando das reuniões, os Superiores e os Irmãos terão a ocasião de apreciar tanto sua apresentação, quanto o zelo e aumento do seu conhecimento.
17) Todos são informados pelo seu Superior quanto aos livros que devem ler. Em regra, não se exclua nenhum que contribua a formar o coração. Para os novatos, nós recomendamos fabulistas e outros textos ricos em imagens e máximas morais; nós particularmente preferimos que os membros se alimentem do espírito dos Antigos e que ao final, eles pensem e observem mais do não leram.
18) O destinatário de qualquer candidato é igualmente seu Superior. Toda pessoa que viu revelar-se a existência da Ordem, e que, ao mesmo tempo, fez seu pedido de adesão à aliança, deve aguardar as próximas instruções de quem os trouxe, isto é, de seu destinatário.
19) Todo mundo tem permissão para propor e insinuar novos membros. Além disso, todos os membros devem, sobre qualquer pessoa que desejam ver admitidos ou excluídos da Ordem, manter arquivos particulares onde registrem os atos e palavras reveladores de suas almas; em particular os mais ínfimos, aqueles em que a pessoa não acredite que esteja sendo observada. Uma vez que todos os julgamentos que exprimimos, assim como todas as ações que revelamos, não deixarão jamais de ser material para essas notas.
20) As anotações determinam todo o acompanhamento. Devem, portanto, ser corretamente estabelecidos; que eles sejam mais narrados que refletidos. Dessas notas deve-se imediatamente destacar para o Superior o caráter do candidato, seja para a admissão ou a exclusão.
21) Como o Homem possui duas metades, uma boa e a outra má, a Ordem exige que os membros não se habituem a considerar e descrever apenas um lado. A Humanidade necessita que conheçamos igualmente bem o mérito no seu inimigo, que se louva da sua probidade. Não se estabelece o valor dos homens a partir de uma só ação ou de um único relacionamento que tiveram conosco.
22) Para conferir se os candidatos estão cumprindo com as regras promulgadas até agora, se expandiram os seus conhecimentos, se eles refutam e negam seus preconceitos, se eles aperfeiçoam seu caráter moral — numa palavra, se eles querem se tornar dignos de ser membros — a Ordem coloca a provas sua fidelidade, seu silêncio, sua aplicação, seu apego e sua obediência.
23) Assim, a Ordem mantém por uma certa duração o período durante o qual os candidatos devem ser submetidos a um teste. Os jovens têm um período probatório de três anos, outros de dois anos, e ainda outros, de um ano. Depende da assiduidade e da maturidade, do zelo e da aplicação do candidato reduzir este prazo.
24) Enquanto o candidato estiver lendo os livros prescritos, ele trabalha para observar o seu próximo, mantendo anotações de acordo com um certo método apropriado e procura digerir o que leu reproduzindo com as suas próprias palavras.
25) O número de notas, de observações, muitos caracteres esboçados, conversas registradas com as pessoas com quem se encontrou falando com paixão, tanto quanto a execução dos Estatutos da Ordem e a obediência ao Superior, são a via mais segura para atingir o progresso.
26) Entre as observações, os traços fisionômicos, as regras descobertas, o julgamento dos caracteres humanos prestam um grande serviço. Recomendamos, porém, essencialmente considerar os objetos não de maneira estranha, mas pessoal.
27) Além da filosofia prática, a Ordem se ocupa da Natureza inteira e da História Natural, com os assuntos políticos e econômicos, as artes liberais, as ciências nobres e as línguas.
28) Quando de sua admissão, o candidato esclarece em qual arte ou ciência é mais versado; ele deve se familiarizar com as obras que seguem essa direção, em reproduzir passagens significativas, mostrando estas últimas ao seu destinatário como prova de sua aplicação e enviá-las de acordo com os estatutos.
29) Entre as primeiras manifestações de suas capacidades, estão as tarefas com as quais todos devem lidar, definir e apresentar ao término de seu período probatório.
30) Após a sua admissão, o candidato troca também o seu nome por um outro, ou seja, um nome de Ordem; ele deve ler, guardar e anotar tudo o que lhe concerne.
31) Posto que ele deve se habituar a uma prudência e a uma discrição particulares, ele não freqüentará nenhum membro durante todo o seu período probatório:
a)     Afim de que não possa ficar desestimulado, e também por estar sob observação.
b)     De sorte que ele correrá o risco de querer falar contra os membros da Ordem; ele se tornaria assim culpado de uma transgressão aos Estatutos que não poderia contestar.
32) É também por esta razão, e porque jamais sabemos se com quem estamos conversando é de um grau mais elevado ou inferior ao seu na Ordem, que não é permitido falar aos membros conhecidos no momento de sua recepção, sobre graus, isenções, nem aos irmãos presumidos da Ordem do menor caso que lhe seja relativo.
33) Os ausentes escrevem ao seu Superior a cada quatorze dias, porte pago. Os assíduos devem visitar o seu Superior ao menos uma vez por semana. Se o Superior tem tempo, ele divide sua semana entre os seus nomeados; ele lê, anota e conduz as palestras instrucionais que tem com eles.
34) Daquilo que o candidato recebe de seu Superior, ele tira todas as passagens necessárias e que tenha compreendido, e então ele dispensa ou a cada vez retorna todos os originais. Tudo o que está oculto tem mais charme e apelo. Além do que, os Superiores têm ainda mais oportunidades de realizar observações. A Ordem se preserva mais certamente da infiltração de poderes inoportunos e da presunção alimentada pela curiosidade dos espiões. Os projetos humanos e honestos podem ser menos entravados, e os arroubos dos tiranos e dos mercenários mais facilmente abafados.
35) A fim de prover às diferentes missões e para segurar aos Irmãos pobres, a Ordem reclama habitualmente de todos, quando das reuniões, uma pequena contribuição proporcional aos seus recursos — nada mais.
36) Nada de ninguém não será cobrado e, da mesma forma, o candidato será reembolsado se, caso o peça, deseje se retirar antes da iniciação. De resto, não se faz o mesmo em todos os lugares, o que vale em função das necessidades e circunstâncias. O candidato se aperceberá muito depressa que, conosco, não se pode suspeitar de fraude.
37) Realmente, ele não somente tem as suas mãos livres, como também elas recebem a assistência da Ordem. Para os demais, as contribuições serão anotadas e reportadas para as circunstâncias mais favoráveis.
38) À medida, no entanto, em que essas contribuições são extremamente módicas, pois à diferença de outras associações onde apenas para entrar se cobram cem florins, ou ainda mais, poderíamos conceber que um trabalho tão imenso custaria grandes somas de dinheiro, apenas para o porte e viagens; o quanto esperamos que esses detalhes sejam realizados e pagos não são tão surpreendentes do ponto de vista dos Superiores e subordinados.


Cifra simples para o uso dos Neófitos

                        m — 1             c — 10            s — 18
                        l — 2              b — 11            t — 19
                        k — 3              a — 12            u — 20
                        i — 4              n — 13            v — 21            p. ex. 11.8.17.2.4.13
                        h — 5              o — 14            x — 22                       B E R L I N
                        g — 6              p — 15            y — 23
                        f — 7              q — 16            z — 24
                        e — 8              r — 17
                        d —9